Trigésima-oitava sessão de gravação

Evandro Negrucci

Eu e Vando

Vandão

Vando

Manu

Soltando a voz

Dividindo a Madalena!

Vandão!

37ª sessão - 26/07/2011

Antonio Lugão, Alexandre Santos, Wilson Caetano e Osmar

       Algumas mudanças acabaram acontecendo durante o processo de gravação, como já relatei a vocês em postagens anteriores. Uma dessas mudanças foi a substituição da canção "Choro novo no samba" que seria gravada pelo Grupo Reminiscências, pela recém composta "Madalena blues"... e foi exatamente nela que trabalhamos nessa sessão!

       Minha idéia inicial era gravá-la com uma street jazz tradicional, banjo, tuba, trombone, washboard... pois a música é uma "dixieland"... aquele jazz bem tradicional tocado nas ruas de New Orleans. Mas... nem sempre tudo dá certo.. então resovemos recriar esse estilo com instrumentos do jazz tocado em banda. Ficou lindo!

       Chegamos ao estúdio todos por volta das 20h nessa terça.

       Comecei gravando uma guia de violão e voz para servir de base para o violão de Antonio Lugão - professor da escola Vila Jazz, é uma guitarrista de primeira. Jazz e bossa são suas praias... e assino embaixo dizendo que domina o que faz. Muito criativo, econômico e preciso. Ele gravou então uma base de violão de aço bem com cara de banjo mesmo, apenas marcando bem os acordes.

       Depois foi a vez do Alexandre com seu baixo acústico. Pediu pra dar uma passada na música... e gravou o primeiro take... perfeito, sem nenhum erro, preciso e com um swing maravilhoso! Saiu do aquário dizendo que queria gravar pra valer... mas não deixamos! O primeiro take realmente ficou perfeito! Coisas de Xandão!

       Lugão então voltou pra gravar com uma guitarra semi-acústica... som lindo! Gravou algumas frases durante a música e um solo bem com a cara da canção. Deixamos espaço para um solo de violão e outro de trombone.

       Para o solo de violão... o Alexandre lembrou de um nome: Chet Atckins... e não é que nosso amigo Lugão incorporou e fez um solo bem com a cara de Chet mesmo!

       Pra finalizar, Wilson gravou uma caixa apenas, com baqueta de varetas de bambu. Ficou demais!

       A linha de trombone ficou a cargo do grande Osmar. Trombonista fantástico, integrante da "Time jazz band" especializada em "dixieland". Gravamos, Xande e eu, o Osmar na escola Vila Jazz e levamos a trilha para ser inserida no estúdio. Nosso cirurgião de plantão, Dr. Marquinho fez os ajustes, os recortes, as colagens... e ficou perfeito. Só falta a voz!

       "Madalena blues"... a última composição do álbum... uma das canções que mais nos deram prazer em gravar!


Manu

Trigésima-sétima sessão de gravação

Estudando!

Lugão, eu e Xande!

Gravando uma guia apenas!

Antonio Lugão

Lugão

Pensativo!

Alexandre Santos

Xande

Marquinho fazendo graça!

Wilson Caetano

Vìrsu!

Osmar

Osmar na escola Vila Jazz!

36ª sessão - 19/07/2011

Raquel Rochia e Débora Vidoretti

       Uma sessão para mudar algumas coisinhas já prontas...!

       Quando compus o samba "Falso brilhante", já coloquei algumas idéias na mente... de como gravar, com quem, várias vozes femininas em côro, as divisões, etc, etc... Depois acabamos optando por fazê-la apenas com uma convidada, minha prima Milena Massaro que a gravou brilhantemente!

       Mas fiquei com aquelas primeiras idéias na cabeça... e resolvemos colocá-las em prática! Pedi permissão pra Milena, pois foi a intérprete da primeira gravação (que ficou linda!) para incluirmos mais "mulheres" nessa canção... rsrrs!

       Gravamos então nessa terça-feira minha querida Débora e minha parceríssima Raquel!

       Dividimos as frases, demos uma "encorpada" no côro do refrão... tudo junto com a voz da Milena que já estava gravada... ficou show!

       A Raquel aproveitou e gravou também algumas vozes em "Homem blue", canção já gravada mas que pedia um backing vocal em alguns trechos. Também ficou show!

       Mais uma música finalizada: "Falso brilhante"... um samba delicioso!

      Serenô... serenôôôô...!

Manu

Trigésima-sexta sessão de gravação

Raquel Rochia

Débora Vidoretti

Quel

Débora

Soltando a voz

Energia boa!

35ª sessão - 05/07/2011

Grupo Avena

       Vocês se lembram de uma postagem antiga onde eu relatei sobre os "pequenos terremotos" que acontecem na vida do artista? Quando pela primeira vez escutamos algo que nos inspira? Que nos "sacode a alma"? Pois bem, eu gosto de dizer que isso tudo junto resulta na tal da "influência" - uma palavra que está o tempo todo acesa na cabeça de todo artista, seja ele músico, pintor, escritor, enfim... artista!

       O tempo todo estamos modificando nossa arte por causa dessa tal de "influência", e acredito que as que recebemos na nossa infância, naqueles momentos de formação, quando está nascendo aquela "vontade de ser artista", essas sim são as influências mais significativas. São elas que definem o traço que o pintor terá até o fim de sua vida... com qual estilo o músico irá mais se identificar... quais palavras pro escritor terá mais usança...

       "Grupo Avena"... cresci ouvindo esse povo!
       Assisti festivais em que eles faziam o show. "É de Limeira...?!"... era a pergunta que nós jovens fazíamos quando esse grupo aparecia na TV. Sem dúvida, eles fazem parte desse meu caldeirão de influências... e quando jovem, tinha ainda mais significado por serem pessoas como a gente... fazendo aquilo que queríamos mais fazer... nos tornar artistas!

       Sempre fui fã desses caras: Farid, Joaquim, Marcelo e Dalvo... esse último ainda se tornou uma figura exemplo - músico da noite... voz e violão... quando comecei a fazer o mesmo... era nele que me espelhava! Até o chapéu eu copiava... !

       Disse tudo isso, pra vocês terem idéia do significado de ter esses quatro músicos, essas quatro influencias, cantando num disco nosso. Realmente foi uma emoção sem descrição!

       Eram quase 21h da terça quando cheguei ao estúdio.

       Logo chegou o Marcelo, o Farid, Dalvo e por último Joaquim... com seu ukelele na mão e conjuntivite nos olhos... rsrsrs!

       Batemos um longo papo, alguns goles de cachacinha pro nosso querido Dalvo, e um pouco de "tietagem": levei meu vinil... primeiro disco do Avena pra ser autografado por todos!

       Um clima delicioso tomou conta do estúdio! Rimos, contamos histórias, lembramos causos...

       Uma passagem das vozes, ali na sala técnica mesmo e logo foram pro aquário, sempre sob a supervisão do nosso Marquinho e as lentes da máquina fotográfica da Débora!

       Quatro vozes gravadas... depois mais quatro... e depois mais duas...

       Pra terminar a noite de maneira ainda melhor... Joaquim correu até o carro e pegou uma cópia do novo disco do "Grupo Avena" que ainda não saiu! Ouvimos inteiro... privilégio... que disco maravilhoso!

       "Carmesim"... sem palavras, ficou linda...  uma das canções mais belas do disco. Uma letra maravilhosa do meu parceiro Otacílio... duas linhas de viola do nosso querido Domingos (que me fizeram desistir de gravar um violão junto... pra não atrapalhar!), o cello preciso do Fábio, a bateria do Salsa casando perfeitamente com o baixo do Alexandre e as vozes do Avena!

Querer mais o que?

Manu

Trigésima-quinta sessão de gravação

Grupo Avena

Marcelo, Joaquim, Farid e Dalvo

Dalvo ao fundo e Joaquim Prado

Marcelo Bella e Farid

Avena gravando!

Trocando figurinhas!

Marquinho, Joaquim e o ukelele!

Farid e Manu

Missão cumprida!

34ª sessão - Mix - 04/07/2011

Mix!
     
       Mais uma segunda-feira de mixagens, conversas, decisões, risadas, etc, etc e etc!


       Noite fria... fechamos duas canções: "Pedra bruta" e "Homem blue".


       "Homem blue", deixamos pronta pra receber o piano do Vando.


       Ficaram lindas, com a cara dos convidados... e é isso que queremos... que cada canção traga a história de quem gravou explícita!


Manu

33ª sessão - 25/06/2011

Vila Jazz

       Sábado, um pouco mais tarde que o de costume... 14h. Chegamos Débora e eu no estúdio, pra aguardar o pessoal que chegaria um pouco mais tarde.

       "Tattoo", um blues delicioso que a partir dessa sessão passou a se chamar "Homem blue"!!!


       É muito fácil pra mim falar desse povo que participou dessa sessão, afinal são 10 anos trabalhando juntos na escola, nos vendo diariamente por 10, 12 horas todos os dias. Minha segunda família, sem dúvida!
Muita gente pergunta qual o segredo da escola Vila Jazz alcançar 10 anos, com os mesmos sócios, com a mesma empolgação. Acredito que seja a amizade, a compreenção, somos uma família fora da escola também.


       Primeiro a chegar foi o Helio. Bateria montada, aquecimento rolando, chega Dedi e depois Alexandre e Raquel. Faltava apenas o Evandro que estava na estrada, voltando de um show... infelizmente ele ligou dizendo que chegaria muito tarde e acabou não participando da sessão. A linha de piano ele fará na escola mesmo e colocaremos na mix final.

       "Homem blue" foi uma das canções que entregamos pra banda sem nenhum arranjo, apenas uma guia de voz e violão, deixando a banda completamente livre pra criar.

       Ficou maravilhosa. Bateria, baixo e guitarra gravados juntos, ao vivo! Raquel colocou a voz logo em seguida, finalizando a canção.

       Ficou perfeita minha gente... só falta agora a gente encaixar a linha de piano que já está sendo trabalhada pelo Vando.


       Não há como explicar essa sensação... pessoas que eu amo, juntas, fazendo música boa!

Manu

Trigésima-terceira sessão de gravação

Vila Jazz

Dédi ferreira

Alexandre Santos

Helio de Gaspari

Raquel Rochia

Xandão e Dédi

32ª sessão - 21/06/2011

André Castro

       Terça-feira, 22h.
  
       Uma sessão pra refazer o vocal da canção "Pedra bruta". Como postei anteriormente, essa canção eu gravei os vocais com meus irmãos Maurício e Luciano, mas infelizmente, depois da parte instrumental finalizada, chegamos a conclusão que ela pedia algo diferente. E o nome que veio a cabeça foi desse outro irmão... André!

       André é professor de baixo na escola conosco, um instrumentista talentosíssimo... aliás, ele é baixista e não cantor. Mas canta muuuuuito... rsrsrs!

       Pedra bruta é a canção mais pop do disco. Um pop-rock com cara de um rock brasileiro mais moderno. A voz e principalmente a ginga, a maneira de cantar do André caíram como uma luva!

       Fizemos alguns takes, André e eu, dividindo as frases, sem muita pressa, saboreando uma cachacinha pra esquentar a noite fria, a Débora fotografando, o Marquinho dando seus palpites certeiros de sempre (muito bem-vindo, diga-se de passagem...) e a sessão terminou com um gosto de dever cumprido.

       Mais uma canção finalizada... está acabaaaaaando!

       Valeu Andrezinho...  

Manu   

Trigésima-segunda sessão de gravação

André Castro

André

Minha vez!

Baixista que canta!

André

Uma branquinha pra relaxar!

Acidentes de percurso!

       É minha gente... quem nos acompanha desde as primeiras postagens, sabe que o projeto se iniciou com um planejamento total, minucioso, detalhadíssimo. Mas seria ilusão nossa se nada se transformasse no meio do caminho, né?!
       "Caramba... cheguei aqui com uma idéia, tudo na cabeça... e no fim, fizemos tudo diferente. Não utilizei nada do que tinha pensado... criamos tudo novo... e ficou muuuuito melhor..."

       Foi esse pensamento que nosso amigo Ismaily expressou quando terminamos a sua sessão onde gravou a guitarra da canção "Pedra bruta", e é exatamente essa idéia do disco todo. Cada sessão é uma "caixa de surpresas"... são tantos amigos, tantos convidados, tantas mentes pensantes transbordando criatividade... sem contar os palpites sem fim do nosso Marquinho que escuta e já passa a fazer parte da canção, independente de quem ou de qual instrumento esteja gravando. Tudo se transformando o tempo todo!

       Por esses inúmeros motivos que resolvi postar algumas mudanças que tivemos ao longo do caminho, alterando várias idéias que postei anteriormente.

       A primeira mudança ocorreu na canção "Pedra bruta".
Confesso a vocês que fiquei chateado no início, mas tudo terminou bem. Se vocês se lembram... nessa canção convidei meus dois irmãos Maurício e Luciano para dividirem os vocais comigo. Ficou linda... mas quando gravamos, o instrumental não estava completo. Quando a canção foi terminada, sentimos que ela pedia outra idéia, outra maneira de cantar, totalmente diferente do que tínhamos feito. Então, com muita conversa, decidimos trocar o vocal dela, chamando meu amigo André Castro pra assumir o vocal. Tenho certeza que todos vão curtir!

       Outra mudança ocorreu na canção "Feitiço".
Minha querida Simone Carvalho seria a responsável por tomar a frente desse samba delicioso. Infelizmente, por causa de problemas pessoais, Simone não pôde gravar. Convidei então minha amada Débora para gravar comigo. Ficou demais!
Si, não se preocupe... teremos ainda muitos trabalhos pela frente minha flor... e muitas oportunidades para dividirmos o microfone!

       Outra mudança significativa aconteceu na canção "Tattoo"... que depois de gravada passará a se chamar "Homem blue". Apenas uma mudancinha de título!

       "Choro novo no samba" também entrou pra lista de acidentes de percurso.
Essa canção seria gravada pelo grupo "Reminiscências".
Acontece que Otacílio e eu já temos um segundo projeto no papel, que será um disco só de sambas e bossas... e existe uma possibilidade muito grande desse disco se chamar "Choro novo no samba"! Nada mais sensato que guardarmos essa preciosidade que temos pra ser gravada no segundo trabalho né! Não vamos gastar toda munição em um só tiro!
Por isso, pedimos pros nossos amigos Ruan, Japão, Ditinho, Pulu e Raquel segurarem as pontas um pouco mais e aguardarem nosso segundo disco.

       Em substituição desse samba, oficializo a entrada no projeto de "Madalena blues"... um jazz tradicional que vocês vão adorar. Mas... é jazz ou é blues? Isso vocês vão conferir quando o disco estiver pronto!

       Mas... o mais importante é que o trabalho não para, as gravações estão se finalizando, as canções ficando prontas e o projeto se completando!

Manu

Gênese de "Feitiço"

“Se você não negocia

 Com as coisas do além,

 Muito cuidado e ciência

 Ao entrar na escuridão! “

       Este é um trecho do poema “Da lua e suas tarefas”, que pretendo publicar em meu próximo livro, “Contradança”, que está no forno. Lembro-me dele para ilustrar a criação da letra do samba “Feitiço”, texto que foi super bem captado pelo Emanuel e virou essa ginga toda que ouviremos no CD. O processo de gravação, aliás, vai de vento em popa, graças aos timoneiros Emanuel e Marquinho. Logo o CD estará nas melhores casas do ramo ou pelo menos nas casas dos melhores caras.

       Mas, sabe aqueles dias em que a zica tá pega e tem gato preto pra tudo que é lado?  Aquela fase em que a bola não entra, a ficha não cai, a porta se fecha, o leite azeda e a vaca, além de ir para o brejo, ainda pede indenização?

       Pois é! Um belo péssimo dia sentindo-me assim, azarado, tive a sorte de me inspirar a falar sobre o tema. E, pra melhorar o astral, procurei fazê-lo de forma bem humorada. A letra ficou simples, é verdade, mas engraçada, falando de coisas que todo mundo vive um dia. Quem nunca precisou daquele banho de sal grosso?

Otacílio Monteiro

Gênese de "Das cordas e demais baratos"

Um cantinho, um violão

       Horroroso Bar. Incrivelmente  existiu em limeira, por um breve período, um bar com esse nome, na Avenida Piracicaba, contrapondo-se jocosamente ao Maravilhoso. Um grande barato, principalmente para mim que sempre gostei de bares com MPB e, então, num desses alvarás da vida, lá fui de cara lavada, companhia nenhuma e caneta em punho, como bem se afeiçoa ao poeta metido a boêmio, tal qual dele se espera segundo a maldita mania social de se rotular pessoas.

       Agradável surpresa foi encontrar no bar, que a bem da verdade estava quase às moscas, como não estaria se houvesse ali uma barulheira qualquer, minha talentosa amiga Raquel Pavanelli. Como sempre, a Raquel gorjeava em voz de seda um lindo repertório, acompanhada pelos craques China e Claudinho Vigerelli. Um trio de fechar o comércio, literalmente, quando consideramos que daí só sairá música de boa qualidade e,portanto, nada comercial.

       A noite foi maravilhosa e, na solidão de poeta, lasquei no guardanapinho de boca, insuperável mesmo na era do tablet e do escambau, um poema que batizei como “Das cordas e demais baratos”, com direito a cópia para os músicos.  Uma sincera homenagem a quem faz a noite melhor nos bares e bailes da vida. 

       Pra completar, tive a feliz ideia de fazer o registro fotográfico, eternizando aquele momento.

China, Raquel e Claudinho!

        Depois, comportadamente, como manda o figurino, é claro que voltei pra casa.  Se não falar esta parte, ai de mim.  Adeus pra sempre, alvarás!

Otacílio Monteiro

O Boneco de neve!

"Ele" - O boneco!

Muita gente está me enviando mensagens, emails, perguntando o que o boneco de neve que aparece no vídeo-clipe de "Regresso" tem a ver com a canção, que fala de Brasil apenas...

Nada tem a ver minha gente!

Esse boneco é mascote do estúdio... rsrsrsrs... por isso aparece sempre!

Vocês podem notar nas fotos desse blog inclusive, que muitas pessoas que passam por aqui, fazem questão de tirar foto ao lado desse boneco, que acabou virando símbolo da sala de gravação do estúdio, talvez pelo motivo de que o ar-condicionado fica sempre ligado numa temperatura mais baixa, por questões técnicas, de frequencia, etc, etc...

Wilson e "ele"

Rui e "ele"

Fabinho (Os Benês) e "ele"

Domingos e "ele"