segunda-feira, 20 de junho de 2011

Gênese de "Das cordas e demais baratos"

Um cantinho, um violão

       Horroroso Bar. Incrivelmente  existiu em limeira, por um breve período, um bar com esse nome, na Avenida Piracicaba, contrapondo-se jocosamente ao Maravilhoso. Um grande barato, principalmente para mim que sempre gostei de bares com MPB e, então, num desses alvarás da vida, lá fui de cara lavada, companhia nenhuma e caneta em punho, como bem se afeiçoa ao poeta metido a boêmio, tal qual dele se espera segundo a maldita mania social de se rotular pessoas.

       Agradável surpresa foi encontrar no bar, que a bem da verdade estava quase às moscas, como não estaria se houvesse ali uma barulheira qualquer, minha talentosa amiga Raquel Pavanelli. Como sempre, a Raquel gorjeava em voz de seda um lindo repertório, acompanhada pelos craques China e Claudinho Vigerelli. Um trio de fechar o comércio, literalmente, quando consideramos que daí só sairá música de boa qualidade e,portanto, nada comercial.

       A noite foi maravilhosa e, na solidão de poeta, lasquei no guardanapinho de boca, insuperável mesmo na era do tablet e do escambau, um poema que batizei como “Das cordas e demais baratos”, com direito a cópia para os músicos.  Uma sincera homenagem a quem faz a noite melhor nos bares e bailes da vida. 
       Pra completar, tive a feliz ideia de fazer o registro fotográfico, eternizando aquele momento.

China, Raquel e Claudinho!

        Depois, comportadamente, como manda o figurino, é claro que voltei pra casa.  Se não falar esta parte, ai de mim.  Adeus pra sempre, alvarás!

Otacílio Monteiro

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